quinta-feira, 22 de setembro de 2016

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

AULA 1

TEORIA:


SOM, ACÚSTICA  E O OUVIDO HUMANO


O som é um fenômeno ondulatório causado pelos mais diversos objetos e se propaga através dos diferentes estados físicos da matéria. É o resultado do atrito entre dois corpos, provocando a vibração no corpo tensionado. A vibração é propagada como onda pelo ar e ampliada pelo espaço acústico. 
O som pode ser representado graficamente, e as variações da pressão do ar que fazem o som têm as seguintes características:
  • Comportam-se como ondas e o tamanho dessas ondas representa o volume
  • O tempo entre os máximos da onda representa a frequência
  • O som acontece no tempo

A Acústica é o ramo da Física associado ao estudo do som. Em acústica geralmente podemos dividir entre geradores de som, meios de transmissão, propagação e receptores. A acústica mensura estes meios, cria instrumentos, tabelas etc, de forma a fornecer dados necessários aos mais diversos ramos da ciência para a utilização dos sons, de seus meios de propagação e efeitos. A Acústica é uma ciência interdisciplinar que abrange:
  • Engenharia Acústica
  • Física Acústica
  • Acústica Arquitetônica
  • Acústica Ambiental
  • Música
  • Medicina e Fonoaudiologia
  • Psicoacústica

O ouvido humano 
O som existe para o ouvido na forma de rápidas variações na pressão do ar.








OS PARÂMETROS DA MÚSICA


Os 4 parâmetros básicos da Música são:
  • Altura
  • Duração
  • Intensidade
  • Timbre
A Altura é o termo usado na linguagem musical para classificar os sons em agudos, médios e graves, tendo como distância mínima entre um som e outro o semitom. Acontece que existem distâncias menores que um semitom, e por isso é mais adequado se chamar esse parâmetro de frequência.
Assim, se uma corda esticada entre dois pontos passa a vibrar, produzirá variações periódicas na pressão do ar ao seu redor. Essa vibração é percebida pelo ouvido humano se estiver na faixa  que vai de 20 a 20.000 oscilações por segundo, ou 20 Hz (Hertz) a 20 KHz.
Pode-se perceber na figura acima que um ciclo é o período de tempo necessário para que haja uma oscilação completa.

A Duração é o deslocamento dos sons ao longo do tempo


A Intensidade (ou Amplitude) de um som é a característica de ser mais forte ou mais fraco. Quanto mais intenso é um som, mais energia ele contém.







OS TIPOS DE REPRESENTAÇÃO MUSICAL

terça-feira, 20 de setembro de 2016

BREVE HISTÓRICO DO VIOLÃO

As origens do violão (termo normalmente usado no Brasil, que no resto do mundo é mais conhecido como guitarra), são muito antigas e imprecisas. Uma  hipótese  sugere que o alaúde caldeo-assiriano seria seu mais antigo ancestral, fixando-se na Espanha durante a ocupação árabe. 
Outra hipótese sugere que este derivaria da cítara romana, de origem assíria e grega. Etimologicamente a palavra guitarra  vem de kithara (egípcio) e se encontra em  várias línguas mediterrâneas: Kuitra (árabe), Citharis (grego), Cithara (romano). 
Na Espanha (séculos XIII e XIV) existiam dois instrumentos: a guitarra mourisca ( de fundo abaulado) e guitarra latina (de fundo chato). Eles coexistiram até o século XVI. O primeiro instrumento tem um formato mais próximo do alaúde, e o segundo instrumento é que segue sua evolução em direção ao atual violão (guitarra). Também na Espanha, durante o século XVI, um outro instrumento chamado vihuela tem um papel importante para o desenvolvimento do violão, inclusive já com 6 cordas duplas, enquanto que a guitarra da época tinha apenas 4 cordas duplas.  
O instrumento segue sua evolução com o acréscimo da 6ª corda e passando também de cordas duplas para cordas únicas. Isso se dá em torno de 1770, primeiramente na França, e em 1850, um fabricante chamado Torres estabelece as medidas do instrumento que até hoje ainda são usadas.



domingo, 18 de setembro de 2016

A FISIOLOGIA DO VIOLÃO

Nesta postagem, iremos entender a estrutura fisiológica de um violão, bem como ele é fabricado e os materiais utilizados neste processo de fabricação.


O violão assim é constituído:






Na cabeça ou mão ficam as tarraxas, onde se fixam as cordas e controlam-se suas alturas, ou seja, é onde se afina o instrumento. 

no braço do violão temos: 

PESTANA: onde fixam-se as cordas numa altura onde  possam ser direcionadas para a mão do violão, onde ficam as tarraxas.

TRASTE: objeto que divide o braço do violão em distâncias equivalentes aos intervalos dos sons musicais.

CASAS: espaços no braço do violão onde o instrumentista deverá inserir os dedos para tocar a nota que lhes for conveniente na execução de uma obra. 


A caixa acústica do violão tem por função, absorver os sons gerados pela vibração das cordas e amplia-los dentro do seu espaço acústico. caixas maiores permitem que o violão tenha um volume maior.

Na caixa acústica temos:

BOCA: Orifício no meio da caixa que permite que as vibrações das cordas adentrem neste espaço acústico e ganhem volume.

CAVALETE: objeto de madeira colado à caixa acústica que permite que as cordas fiquem fixadas ao violão.

MOSAICO: Desenho localizado nas bordas da boca do violão.


o violão, dependendo do som que se quer obter por meio dele, pode ser construído sob diversas medidas e tipos de madeira. logo abaixo, encontraremos alguns tipos de madeira das quais se é fabricado o violão:

Mogno: Existe uma variedade bem grande de mogno e muitas vezes são muito bons para fazer violão. Geralmente mais usado no fundo e nas laterais. Muitos violões Gibson e Martin vem usando mogno de Honduras, e claro que as diferentes espécimes de mogno tem texturas e influências diferentes. Mas de forma geral, para o tampo, ele tem um forte punchy produzindo bons sustenidos e uma velocidade de som relativamente lenta. Para o fundo e nas laterais, o mogno tem uma velocidade relativamente alta de som, tendendo a enfatizar os graves e agudos.

Jacarandá da Bahia: O famoso Brazilian Rosewood é uma das principais e desejadas madeiras para violão, infelizmente, o Jacarandá é uma espécie sob o risco de extinção, com mais de 200 anos de história de exploração. Sua densidade, beleza, riqueza de timbres e sua ressonância completa fazem jus à essa intensa busca. Enfim, complexidade timbrística e alta velocidade de som produzindo uma tonalidade sólida é a sua marca.


Jacarandá Indiano: Principalmente para os estrangeiros esse Jacarandá vem sendo mais utilizado do que o brasileiro por ser uma madeira mais barata. Algumas pessoas fazem comparação entre esses dois tipos de Jacarandás, mas na verdade cada um tem as suas peculiaridades. As características tonais do Jacarandá Indiano fazem dele uma madeira popular, que inclui uma forte resposta dos graves com um longo sustain. Sua coloração varia desde o marrom, passando pelo rosa até o preto. É uma das madeiras mais usadas para violões de alta qualidade.


Maple: Essa madeira vem sendo utilizada a centenas de anos e provou-se ser uma excelente escolha principalmente para instrumentos da família do violino e bandolim. Há muitas espécies disponíveis e que crescem em muitas regiões do mundo. Mas Maple também é uma boa opção para o violão devido à sua tonalidade com um toque brilhante e para guitarra pela sua notável projeção.


Sitka Spruce (Espruce): Esta madeira norte-americana é ideal para o tampo. O Espruce é a madeira mais utilizada hoje em dia para a fabricação do tampo, e o Sitka é a espécie mais comumente utilizada. Sua alta rigidez combinada com as características macias e leves, faz com que soe naturalmente com uma alta velocidade de som. Mesmo sendo tocado com força, essa madeira consegue soar com clareza. Isso faz do Sitka uma excelente escolha de madeira para o tampo, músicos cujo estilo exige uma resposta dinâmica ampla e um tom mais robusto. Por outro lado, a falta de uma tonalidade mais complexa faz com que Sitka soe um pouco fino aos leves toques, mas claro que tudo depende do desenho do instrumento e das outras madeiras envolvidas.


Engleman Spruce: Outra madeira norte-americana, tem muita das características tonais do German Spruce (uma espécie europeia de Espruce). Devido a sua rigidez e peso diferente do Stitka spruce, o tampo feito pelo Engleman produz um som mais suave. Esta madeira é uma boa opção para instrumentos clássicos também.


Cedro Vermelho: Por décadas esta é uma madeira que vem sendo utilizada para o tampo de violões clássicose está se tornando popular também entre entusiastas por cordas de aço. O cedro é uma madeira leve, conhecida por produzir tonalidades agradáveis e suaves, tornando uma madeira especial aos dedilhados. Muitos violonistas acham atraente no violão o cedro de cor marrom claro.


Outros tipos de madeiras para violão

  • Macassar Ebony: Ótima madeira para o fundo do violão, laterais e também para o braço. Uma madeira estável, dura e densa. Uma madeira de aparência escura e atraente.
  • Acácia Negra:Conhecida também como Blackwood australiano, ela é uma alternativa mais barata do que o Koa (que também é uma acácia). Embora seja muito mais conhecida nos EUA e Austrália.
  • Padauk: Tonalidades fortes e brilhantes, boa para o fundo e laterais.
  • Pau-Ferro: Conhecida também como Jacarandá Boliviano, seus aspectos timbrísticos lembram muito a de um Jacarandá Indiano, embora o Pau-Ferro não seja de fato uma espécie de Jacarandá.
  • Lancewood: Esta é uma madeira relativamente recente. É uma madeira densa com uma sonoridade alta.
  • Pau-Brasil: Possui um sustain constante, ataque moderado com uma boa massa sonora final, essa madeira é melhor para palhetadas e não tão boa para o dedilhado
para assistir a um video demonstrando a fabricação do violão, clique na palavra: Fabricação do violão








A AFINAÇÃO DO VIOLÃO


A AFINAÇÃO DO VIOLÃO



A música, tal como a conhecemos hoje, é resultado de um longo processo de transformação que podemos observar ao longo da historia. Vale ressaltar que esse processo não pode ser entendido como evolutivo, como se a música composta atualmente seja superior a música composta no século XIV por exemplo. E o que podemos falar da afinação? A música ocidental é o resultado de um procedimento especifico. isso significa que nem toda a música que temos em nosso imenso planeta passou pelo mesmo processo que a nossa música.

Até o seculo XV, os sons que conhecemos hoje não tinham um temperamento definido. ou seja, não havia uma afinação padrão para os instrumentos. com o tempo, os sons musicais foram submetidos ao padrão de escala temperada, onde os doze sons musicais estão predispostos em distâncias iguais. esse padrão foi importante inclusive para o desenvolvimento da música instrumental nos séculos XVII e XVIII. a escala de temperamento igual contribuiu para o desenvolvimento da música tonal. A afinação nos instrumentos tem uma função muito importante. Atualmente, o nosso modelo de afinação é em 440 Hz.

O violão hoje, como o conhecemos, passou por vários procedimentos antes de chegar a sua afinação usual e atual. hoje, o violão é afinado em Quartas, com exceção da segunda corda para a terceira corda, onde temos a afinação em terça apenas neste momento. abaixo, veremos o modelo usual de afinação para violão:





abaixo, encontramos um diagrama demonstrando as notas de cada corda, suas respectivas oitavas e frequências.





Atualmente, muitos violonistas tem utilizado afinações diferentes e não usuais. o objetivo disto consiste na ideia de mudar a textura e o colorido timbrístico do violão. Afinações mais baixas por exemplo, deixam o timbre do violão mais doce e escuro. afinações mais altas deixam o violão mais latente e brilhante. A afinação atual que utilizamos também passou por este mesmo procedimento. Ela é resultado do timbre ideal para o corpo e tamanho do instrumento, bem como o seu material físico. A afinação também é conectada a estrutura física do instrumento. 

SIMBOLOGIA USADA PARA O VIOLÃO


SIMBOLOGIA USADA PARA O VIOLÃO



olá, tudo bem? nesta postagem, iremos demonstrar alguns símbolos utilizados na escrita musical para determinadas técnicas violinísticas e também para determinar, assim como apontar, como devemos tocar o violão. abaixo, imagens ilustrativas:



sábado, 17 de setembro de 2016

AULA 2

TEORIA:

RITMO (conceito relacionado ao parâmetro duração)


O termo ritmo tem origem na palavra grega rhytmos, que significa qualquer movimento regular, constante, simétrico. Pode ser descrito como um movimento coordenado, uma repetição de intervalos musicais regulares ou irregulares, fortes ou fracos, longos ou breves, presentes na composição musical. 
O ritmo determina a duração de cada som na música e também a duração dos silêncios. 



TOM E SEMITOM (conceito relacionado ao parâmetro altura)

Os símbolos usados para alterar as notas em sua altura são:













sexta-feira, 16 de setembro de 2016

AULA 3

TEORIA:
INTERVALO MUSICAL (relacionado ao parâmetro Altura)
























INTERVALOS MUSICAIS E A ESCALA TEMPERADA

















PRÁTICA:

INTERVALOS MUSICAIS NO BRAÇO DO VIOLÃO


Intervalos musicais no braço do violão (sentido horizontal e vertical):



 Os 12 semitons formando uma oitava, na 6ª corda (representação em partitura):








  Os 12 semitons formando uma oitava, na 6ª corda (representação em tablatura):














 Uníssonos entre a 6ª e a 5ª corda (representação em partitura):


   
  
Uníssonos entre a 6ª e a 5ª corda (representação em tablatura):











 Uníssonos entre a 5ª e a 4ª corda (representação em partitura):


Uníssonos entre a 4ª e a 3ª corda (representação em partitura):












Uníssonos entre a 3ª e a 2ª corda (representação em partitura):








Uníssonos entre a 2ª e a 1ª corda (representação em partitura):


quinta-feira, 15 de setembro de 2016


AULA 4

TEORIA:
RITMO (conceito relacionado ao parâmetro Duração)


Tipos: Binário, Ternário, Quaternário











    ESCALA


    É a sucessão de notas com uma relação intervalar e quantidade variáveis. Ou seja, existem muitos tipos de escalas que podem ser definidas a partir da relação intervalar entre si e da quantidade de notas. O mais comum é a escala com 7 notas. Exemplo (Dó Maior e La menor):










          
          Escala de Dó Maior (em tablatura):




    Nas escalas acima, os tons e semitons são naturais. Se quisermos uma escala apenas de semitons sucessivos, precisamos usar os símbolos sustenido ou bemol, intercalados entre os tons naturais. Esta escala chama-se cromática. Um exemplo de escala cromática na 1ª corda (com 12 semitons):









    Escala cromática representada em partitura e tablatura:









    MELODIA

    É uma sucessão de notas em que se combinam ritmo e altura, formando um sentido único.


    Yesterday (Beatles):










    PRÁTICA:


    INTERVALOS MUSICAIS NO BRAÇO DO VIOLÃO


    Inicialmente vamos trabalhar os intervalos  musicais no violão partindo do modo como é afinado o instrumento, ou seja, predominantemente em quartas justas. Assim, podemos praticar os intervalos tanto na mesma corda como na corda seguinte (vizinha).

    Os intervalos no braço do violão (sentido horizontal):
















    Os intervalos no braço do violão (sentido vertical):














    Partindo desse princípio, se quisermos intervalos musicais entre duas cordas vizinhas, deve-se ter como referência a 4ª justa que fica na mesma casa (com exceção da 3ª corda). Assim, os intervalos menores que 4ª estão à esquerda (no braço do violão), e os intervalos maiores que 4ª estão à direita (no braço do violão).


    O intervalo de 2ª menor (na mesma corda: 6ª):














    O intervalo de 2ª menor (entre duas cordas vizinhas: 6ª e 5ª):













    O intervalo de 2ª maior (na mesma corda: 6ª):


    O intervalo de 2ª maior (entre duas cordas vizinhas: 6ª e 5ª):