domingo, 18 de setembro de 2016

A FISIOLOGIA DO VIOLÃO

Nesta postagem, iremos entender a estrutura fisiológica de um violão, bem como ele é fabricado e os materiais utilizados neste processo de fabricação.


O violão assim é constituído:






Na cabeça ou mão ficam as tarraxas, onde se fixam as cordas e controlam-se suas alturas, ou seja, é onde se afina o instrumento. 

no braço do violão temos: 

PESTANA: onde fixam-se as cordas numa altura onde  possam ser direcionadas para a mão do violão, onde ficam as tarraxas.

TRASTE: objeto que divide o braço do violão em distâncias equivalentes aos intervalos dos sons musicais.

CASAS: espaços no braço do violão onde o instrumentista deverá inserir os dedos para tocar a nota que lhes for conveniente na execução de uma obra. 


A caixa acústica do violão tem por função, absorver os sons gerados pela vibração das cordas e amplia-los dentro do seu espaço acústico. caixas maiores permitem que o violão tenha um volume maior.

Na caixa acústica temos:

BOCA: Orifício no meio da caixa que permite que as vibrações das cordas adentrem neste espaço acústico e ganhem volume.

CAVALETE: objeto de madeira colado à caixa acústica que permite que as cordas fiquem fixadas ao violão.

MOSAICO: Desenho localizado nas bordas da boca do violão.


o violão, dependendo do som que se quer obter por meio dele, pode ser construído sob diversas medidas e tipos de madeira. logo abaixo, encontraremos alguns tipos de madeira das quais se é fabricado o violão:

Mogno: Existe uma variedade bem grande de mogno e muitas vezes são muito bons para fazer violão. Geralmente mais usado no fundo e nas laterais. Muitos violões Gibson e Martin vem usando mogno de Honduras, e claro que as diferentes espécimes de mogno tem texturas e influências diferentes. Mas de forma geral, para o tampo, ele tem um forte punchy produzindo bons sustenidos e uma velocidade de som relativamente lenta. Para o fundo e nas laterais, o mogno tem uma velocidade relativamente alta de som, tendendo a enfatizar os graves e agudos.

Jacarandá da Bahia: O famoso Brazilian Rosewood é uma das principais e desejadas madeiras para violão, infelizmente, o Jacarandá é uma espécie sob o risco de extinção, com mais de 200 anos de história de exploração. Sua densidade, beleza, riqueza de timbres e sua ressonância completa fazem jus à essa intensa busca. Enfim, complexidade timbrística e alta velocidade de som produzindo uma tonalidade sólida é a sua marca.


Jacarandá Indiano: Principalmente para os estrangeiros esse Jacarandá vem sendo mais utilizado do que o brasileiro por ser uma madeira mais barata. Algumas pessoas fazem comparação entre esses dois tipos de Jacarandás, mas na verdade cada um tem as suas peculiaridades. As características tonais do Jacarandá Indiano fazem dele uma madeira popular, que inclui uma forte resposta dos graves com um longo sustain. Sua coloração varia desde o marrom, passando pelo rosa até o preto. É uma das madeiras mais usadas para violões de alta qualidade.


Maple: Essa madeira vem sendo utilizada a centenas de anos e provou-se ser uma excelente escolha principalmente para instrumentos da família do violino e bandolim. Há muitas espécies disponíveis e que crescem em muitas regiões do mundo. Mas Maple também é uma boa opção para o violão devido à sua tonalidade com um toque brilhante e para guitarra pela sua notável projeção.


Sitka Spruce (Espruce): Esta madeira norte-americana é ideal para o tampo. O Espruce é a madeira mais utilizada hoje em dia para a fabricação do tampo, e o Sitka é a espécie mais comumente utilizada. Sua alta rigidez combinada com as características macias e leves, faz com que soe naturalmente com uma alta velocidade de som. Mesmo sendo tocado com força, essa madeira consegue soar com clareza. Isso faz do Sitka uma excelente escolha de madeira para o tampo, músicos cujo estilo exige uma resposta dinâmica ampla e um tom mais robusto. Por outro lado, a falta de uma tonalidade mais complexa faz com que Sitka soe um pouco fino aos leves toques, mas claro que tudo depende do desenho do instrumento e das outras madeiras envolvidas.


Engleman Spruce: Outra madeira norte-americana, tem muita das características tonais do German Spruce (uma espécie europeia de Espruce). Devido a sua rigidez e peso diferente do Stitka spruce, o tampo feito pelo Engleman produz um som mais suave. Esta madeira é uma boa opção para instrumentos clássicos também.


Cedro Vermelho: Por décadas esta é uma madeira que vem sendo utilizada para o tampo de violões clássicose está se tornando popular também entre entusiastas por cordas de aço. O cedro é uma madeira leve, conhecida por produzir tonalidades agradáveis e suaves, tornando uma madeira especial aos dedilhados. Muitos violonistas acham atraente no violão o cedro de cor marrom claro.


Outros tipos de madeiras para violão

  • Macassar Ebony: Ótima madeira para o fundo do violão, laterais e também para o braço. Uma madeira estável, dura e densa. Uma madeira de aparência escura e atraente.
  • Acácia Negra:Conhecida também como Blackwood australiano, ela é uma alternativa mais barata do que o Koa (que também é uma acácia). Embora seja muito mais conhecida nos EUA e Austrália.
  • Padauk: Tonalidades fortes e brilhantes, boa para o fundo e laterais.
  • Pau-Ferro: Conhecida também como Jacarandá Boliviano, seus aspectos timbrísticos lembram muito a de um Jacarandá Indiano, embora o Pau-Ferro não seja de fato uma espécie de Jacarandá.
  • Lancewood: Esta é uma madeira relativamente recente. É uma madeira densa com uma sonoridade alta.
  • Pau-Brasil: Possui um sustain constante, ataque moderado com uma boa massa sonora final, essa madeira é melhor para palhetadas e não tão boa para o dedilhado
para assistir a um video demonstrando a fabricação do violão, clique na palavra: Fabricação do violão








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